terça-feira, 12 de outubro de 2010

Idéias que precisam ser propagadas - Boas Histórias Aliadas a Bons Desenhos!!

Oi!!! =D


Ricardo: Viu só? Não basta ser bonitinha... Tem que ter algo dentro da cabecinha de vento!!
Karen: Tá falando do texto ou de mim, seu chato??

Muita gente me conhece por, entre outras coisas, falar que os quadrinhos (infelizmente) são por vezes colocados como "apenas visuais". Isso acontece pelo fato da maior parte dos artistas não darem importância a uma boa história em si, mas a um apanhado de imagens impactantes e ângulos que favorecem o que o ilustrador deseja chamar atenção... (Não consigo chamar uma pessoa assim de quadrinista. É ILUSTRADOR. E não pense que isso se limita ao BR, porque tem MUITO artista estrangeiro que só se dá bem se fizer o desenho pra outra mente pensar na história pra ele. E ainda leva o nome de Mestre...)

Algo que a meu modo de avaliar, poderia e DEVERIA ser melhor explorado. Mas o que tenho visto nesses anos de desenho são chamadas espalhafatosas, onde o resultado muitas vezes é um conjunto de belas ilustrações, mas sem um conteúdo literário válido. Ou o que eu costumo chamar de lixo para presente...

Parece ser, no entanto, a opção da maior parte de aspirantes a desenhistas/roteiristas que estão no mercado atualmente. Por que estou dizendo isso? Porque comecei a raciocinar mais uma vez no assunto depois de mexer com as panelas aqui em casa e trocar umas idéias com pessoas que pensam como eu sobre isso.

Acho que vale a pena refletir sobre o tema. Por isso, complementem sua leitura aqui: http://www.mushi-san.com/noticias/2010/10/papo-de-segunda-12102010-o-gra.php .

Quero saber qual a opinião de vocês... =3

Beijos a todos!

8 comentários:

  1. A pergunta é: Como se faz QH?
    Lindos desenhos ou historia empolgante?
    Acho que é como namorar...Que quesitos tenho eu para conquistar aquela pessoa (no caso o leitor)?
    tem leitores que se amarram mais no traço, outros em uma boa historia sem se importar com a arte, com sorte vc encontra algo que atinja essas duas virtudes. Assim como uma HQ, o leitor é composto de muitas variáveis...quem decide se a obra é boa ou não é o leitor final.

    Axo que Ilustração e Historia são complementares..é natural que uma tente tapar o buraco que a outra deixa. Um equilíbrio é necessário.

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  2. Imagino q isso seja parte do negócio. O equilíbrio entre os dois pontos, a ilustração e os desenhos. O problema em si nem é essa junção artística, já que não é pecado desenhar pra um roteirista, e vice versa. O problema é uma conscientização cultural, transformar o que fazemos em algo atraente, não um plágio do que já é feito no exterior. Assim não seriamos meros fãs, mas sim originais.

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  3. Isso é uma questão importante, mas depende mto doq vc quer como autor.. eu por exemplo não faço historias pq quero fazer HQ, mas faço HQ pq gosto de escrever histórias, portanto, pra mim, ter um roteiro no mínimo bom e interessante é indispensável... por ser uma 'arte' nova, as pessoas ficam tentando encaixar as historias em quadrinhos em algum canto, seja uma arte visual ou literatura.. acho q HQ é HQ e tem seus méritos dos dois lados. Quanto ao equilibrio, ele é essencial, como tds as coisas na vida =)

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  4. Boa discussão, Kari! Já faz um tempo tinha rolado uma discussão parecida num fórum em que frequento (zinemax).

    Eu acho indispensável ter uma boa história numa HQ, seja ela mangá, comic, gibi, etc. Se eu vejo que a história não me atrai eu nem compro mais. Claro que o desenho é importante, mas eu sou do tipo que pensa que o roteiro ainda está em primeiro lugar.

    E sim, falta algo original nas histórias, mas infelizmente não é possível fazer algo 100% original, algo que NINGUÉM nunca fez na vida. O que podemos fazer é reinventar ou contar de uma forma diferente um determinado tema, mito, conto... aí sim sairíamos do famoso 'plágio'.

    Algo que realmente falta tentar fazer nos quadrinhos nacionais, como estava dito no link do mushi, é realmente sair do nicho (por exemplo, em mangás, focar só nos fãs de anime) e tentar atingir um público mais diversificado, um público normal, pois é ele a maior parcela da nossa população. No japão esse público já está consolidado, eles consomem mangá a toda hora, lá eles já tem um mercado sólido, mas o mesmo não se pode dizer por aqui. Claro, eu torço para que as editoras que estão publicando material nacional dêem certo, mas não podemos ficar de braços cruzados esperando um editor aparecer e falar que quer publicar teu mangá. Temos é que correr atrás e tentar mudar nem que seja um pouco essa péssima situação dos quadrinhos nacionais. Esse é um pensamento que eu não tinha faz um tempo atrás, eu queria ficar só nos eventos de anime, mas depois das ferias de julho eu pensei melhor e falei,'porque não tentar?' se vai dar certo, só o tempo dirá. E apresentei o sigma pi pra um núcleo de divulgação científica aqui da faculdade, e eles gostaram do mangá! Já tenho planos p/ ele ano que vem se a aprovação de um projeto sair XD

    Mas estou tentando por aqui...acho que muita gente que faz fanzines tb deveria fazer um teste e ver se uma pessoa 'normal' leria o seu fanzine. Divulgar nunca é demais XD

    Acho que foi o post mais longo que escrevi num blog XD

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  5. Acredito que HISTÓRIAS em quadrinhos devem sim priorizar o roteiro, afinal o próprio nome já diz.

    É verdade que ninguém consegue fazer algo 100% original, mas não é isso que se busca. O importante é ter uma história que atraia o público alvo. Se ele for fãs de anime, que seja uma história voltada à eles, se forem fãs de novela, a coisa muda de figura.

    De qualquer forma, acredito que uma arte linda pode atrair leitores, mas não mantê-los.

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  6. CONCORDO estreitamente com vc! muitos vão atrás de ilustrações e não da história em sí e isso desvaloriza muito pessoas q tem boas histórias mas ainda precisam melhorar o traço, creio q se tivesse no Brasil um interesse maior das editoras, seria bem mais facil conseguir unir texto de primeira com belas ilustrações. bjs ^_~

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  7. O problema é que o brasileiro não curte ler. Não tem um habito SADIO de leitura. Quando lê, é mangá, HQ, Harry Potter, Crepusculo, blablabla. Não lê de verdade. Não tem variedade no repertório de referencia, não pesquisa o tema que quer abordar, não pesquisa o gênero.

    E pra piorar, não estuda técnicas de criação de personagens, de ambientação, enredo, estrutura de narrativa, etc, etc, etc.

    Assiste um anime, le um mangá e acha que já pode fazer igual. E tenta. E tá na cara que ficou com a estétita, os estereótipos e os clichês do mangá que leu, porque só absorveu aquilo. Mas não absorveu a essencia, porque, nao tendo hábito de ler, ainda não consegue ler as entrelinhas das histórias. Não vê os simbolismos, as referências, as influencias do autor.

    Ou seja, os leitores brasileiros estão ferrados. Só resta os estrangeiros pra ler. E Monica.

    QUEM vai mudar esse quadro? Hm? Falar do erro é facil até pra mim. Mas quem vai fazer diferente?

    Fica o desafio :)

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  8. Bom, eu espero surpreender o pessoal com minha história, mas querer é bem diferente do que fazer.

    A postagem da Kari está ótima! :)

    Sobre o que o Marcus disse, eu concordo, uma bela arte atrai o pessoal para a história, mas não mantém. Mas também por isso, nunca deve-se menospresar a arte, ela é o que vai atrair o público para o teu conteúdo. Mas assim como uma loja, se ela for bonita, tu vai entrar, mas se não tiver nada de teu interesse dentro, tu não fica lá nem 1 minuto.

    Mas realmente é um assunto delicado, mas eu acho que assim que uma editora vir em um quadrinho a qualidade (de desenho + roteiro) suficiente para dar dinheiro, eles vão investir.

    É como eu falo, se na Coréia está dando certo, por que aqui não daria?

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